quarta-feira, fevereiro 28, 2007

PELE

Sinto uma nova a nascer-me sobre a minha.

Pensamento do dia

The computer says no!

David Walliams in Little Britain

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

domingo, fevereiro 11, 2007

Desta vez a vitória é nossa, das Mulheres!

SIM!

Poucos minutos depois dos resultados das sondagens ainda me custa conter as lágrimas.

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Little Children


No outro dia, num episódio dos Sete Palmos, o Olivier (prof. da Claire) dizia-lhes que a arte é uma coisa que se sente nas tripas, literalmente. Ou seja, tudo aquilo que nos provocar uma reacção fisiológica tipo náusea, cólica, urticária, arrepios, um orgasmo (who knows...), é porque é bom. Não sei será assim tão linear, mas neste caso "Little Children" é de todo verdade.
O filme é extremamente lírico e metafórico, sem ser lamechas, é sensitivo e à flor da pele, mas sempre enevoado, com uma nuvem negra a pairar.
Num cenário suburbano, onde as relações são superficiais e fúteis, onde é quase proibido transgredir e subverter, geram-se relações, perversões e frustações incontroláveis.
O filme ficou-me na barriga, assim como uma digestão mal feita. Ora, isso deve querer dizer que é bom ...
PS - Nota especial para o actor Patrick Wilson, senhor de uma peitaça quase ao nível de Daniel Craig.

terça-feira, fevereiro 06, 2007

No More Tears

Conheci a Adília Lopes há uns anos, talvez como muita gente, através de alguns programas de televisão que se aproveitavam daquela maneira de ser "especial" digamos. Lembro-me de a ver, num programa da 2 com umas luvas roxas (não sei explicar a razão deste pormenor) e de ficar fascinada com a sua aparentemente infantilidade grotesca. Acho que imediatamente a associei à Paula Rêgo, que me fascina pelos mesmos motivos: a ingenuidade, aliada à líbido mais animalesca, essa dualidade entre o doce e amargo sempre carregada de tesão.
Anos mais tarde da estranha mediatização do fenómeno "Adília" tive oportunidade de trabalhar alguns poemas dela no Grupo de Expressão Dramática, a mim coube-me o "papel" de uma cadela ciosa que fornicava despudoradamente num terreiro ao sol, eram observados por uma garota que achava que o cão ia matar a cadela, a mãe tava-lhe os ouvidos para ela não ver. No seguimente desta peça que se chamou "No More Tears" fomos a uma apresentação do livro "A Obra" da Adília, um amigo ofereceu-me o livro e fui, a medo, pedir à poetisa que mo assinasse. Ela escreveu assim "Para a Maria João que dance com um cão", e sem saber de nada ...

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

SIM!

Tirei o dia para vegetar em frente à tv a ver uns quatro episódios dos Sete Palmos de Terra … I just can’t get enough … Acompanhei a maratona com cházinho e bolachas de água e sal com compota de frutos vermelhos…ah e duas gatas dengosas a ronronar em cima de mim.
Penso naquilo que se passa lá fora e sinto-me ainda mais inútil.
Estamos a apenas alguns dias de mais um referendo sobre o Aborto e tenho um palpite em como vai tudo ficar como está, ou seja, uma tremenda injustiça e hipocrisia sobre as mulheres. Eriço-me toda quando ouço determinados argumentos, o meu grau de tolerância não suporta tamanha boçalidade. Não consigo perceber como se defende que se mantenha esta situação absolutamente discriminatória sobre as mulheres, que se traduz nisto: quem tem dinheiro faz abortos limpinhos, sem complicações e ainda aproveita para trazer uns caramillos de recuerdo; quem não tem, compra Misoprostol no mercado negro e arrisca-se a ir parar ao Hospital com graves hemorragias, com sorte ainda vai parar ao tribunal mais cedo ou mais tarde.
Reconhece-se que as mulheres não deveriam ser penalizadas pela prática de aborto, mas que o continuem a fazer (porque o continuarão sempre a fazer) num vão de escada nas mãos de uma “curiosa” (assim se diz na minha terra), ou, quem tem mais um dinheirito, pode sempre contribuir para os lucros inimagináveis e sem qualquer tributação fiscal de sítios como este. Não entendo.
Outra coisa, adorava que fosse obrigatório fazerem testes que provassem que essas mulheres que andam por aí a defender a vida, e o bater do coração, nunca o fizeram.
Atirem a primeira pedra!!

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

O que me tem aquecido nas noites frias...

mais da Adíla

"Posso morrer porque amei e fui amada. Gostei de homens, de mulheres, de velhas (de velhos não), de bebés, de bichos, de plantas, de casas, de filmes, de concertos, de quadros, de teorias, de jogos, de pastéis de nata, de jesuítas, de russos, de hamburgers, de Paris e de Londres. Nunca fui a Nova York e gostava de ir, mas não me importo de morrer sem ter ido. Também nunca tive um orgasmo, mas posso morrer sem nunca ter tido um orgasmo. Não me arrependo de nada. É claro que Nova York não se compara a um orgasmo. Um orgasmo é muito mais importante."

da Adília

"Não é verdade que tudo é relativo. Nem a teoria da relatividade ensina isso, mas eu conheço muito mal a teoria da relatividade. Acho que para foder é preciso ser linda como a Claudia Schiffer e inteligente como o Einstein. Mas vejo nas paragens dos autocarros mulheres grávidas feias e com ar de burras e não penso que tenham recorrido todas à inseminação artifcial."