terça-feira, abril 29, 2008

Campanhã - Campo 24 de Agosto

Sentei-me à frente de um puto que escrevia num caderno. Curiosa como sou tentei perceber o que é que ele escrevia. Era um puto normal, mulato, vestido com roupa da moda, mochila e phones nos ouvidos. A letra era miudinha e saía-lhe de feição. Escreveu meia página de palavras pequeninas, terminou com um "Amo-te" (a única palavra que consegui perceber). Arrancou a folha do caderno, dobou-a em 4 e meteu-a no bolso. Saiu na paragem seguinte e eu fiquei a sorrir para mim.
Há dias em que a chuva não me molha. Hoje corri por entre pingas mais grossas e mais doces e nunca me encharcou o corpo. Será que estes dias mais grossos de verdades me têm impermeabilizado a alma?!

sábado, abril 19, 2008

foto roubada numa feira de velharias em Vila Real de Santo António