quarta-feira, maio 30, 2007

Inquietação ...

"A contas com o bem que tu me fazes
A contas com o mal por que passei
Com tantas guerras que travei
Já não sei fazer as pazes

São flores aos milhões entre ruínas
Meu peito feito campo de batalha
Cada alvorada que me ensinas
Oiro em pó que o vento espalha

Cá dentro inquietação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda

Há sempre qualquer coisa que está pra acontecer
Qualquer coisa que eu devia perceber
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda

Ensinas-me fazer tantas perguntas
Na volta das respostas que eu trazia
Quantas promessas eu faria
Se as cumprisse todas juntas

Não largues esta mão no torvelinho
Pois falta sempre pouco para chegar
Eu não meti o barco ao mar
Pra ficar pelo caminho

Cá dentro inquietação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda

Há sempre qualquer coisa que está pra acontecer
Qualquer coisa que eu devia perceber
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda

Cá dentro inquietação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Mas sei
É que não sei ainda

Há sempre qualquer coisa que eu tenho que fazer
Qualquer coisa que eu devia resolver
Porquê, não sei
Mas sei
Que essa coisa é que é linda"

Foi na quinta feira na Casa Viva, o José Mário Branco, solidário com a Plataforma artigo 65 pelo Direito à Habitação, deu um concerto intimista, a roçar o clandestino, absolutamente memorável. A apenas dois metros de mim... lindo!


London London!!!

First thing to ask:
- Sorry, could you tell me where's Top Shop please???!!!!

Pensamento do dia

Este blog cheira a mofo!!!

quarta-feira, maio 16, 2007


Estou a comer as primeiras cerejas deste ano.
Cada uma sabe-me à minha avó que adorava cerejas tanto como eu.
Pela primeira vez não a tenho comigo para as partilhar.
É nestes momentos que as saudades me moem o coração.

segunda-feira, maio 07, 2007

Saudades de ...

Capitão Romance

Não vou procurar quem espero
Se o que eu quero é navegar
Pelo tamanho das ondas
Conto não voltar
Parto rumo à primavera
Que em meu fundo se escondeu
Esqueço tudo do que eu sou capaz
Hoje o mar sou eu

Esperam-me ondas que persistem
Nunca param de bater
Esperam-me homens que desistem
Antes de morrer
Por querer mais do que a vida
Sou a sombra do que eu sou
E ao fim não toquei em nada
Do que em mim tocou

Eu vi
Mas não agarrei

Parto rumo à maravilha
Rumo à dor que houver pra vir
Se eu encontrar uma ilha
Paro pra sentir
E dar sentido à viagem
Pra sentir que eu sou capaz
Se o meu peito diz coragem
Volto a partir em paz

Eu vi
Mas não agarrei

sábado, maio 05, 2007

sexta-feira, maio 04, 2007

Bill T. Jones

Vi pela primeira vez um espectáculo do Bill T Jones em 98 (há quase 10 anos porra!!!), chamava-se "We set out early...Visibility was poor". A primeira referência que tenho é de uma bailarina ruiva muito gorducha (mesmo!!) que quebrava com todos os estereótipos da imagem clássica das bailarinas (magras mas muito musculadas e sem maminhas). Lembro-me de uma gaiola, de uma escada, dos movimentos muito definidos e desconstruídos, de ouvir a respiração ... bem, já lá vai algum tempo, mas a partir daquele dia ele passou a ser "a" referência.
Em 2001, vi-o outra vez num espectáculo baseado na influência latina para a civilização ocidental chamado: You Walk? Foi belíssimo, a Mísia também entrou e o próprio Bill T. Jones dançou. Naquela altura ele tinha uns 50 anos e um corpo absolutamente possante e aparecia nu a empurrar a cadeira onde a Mísia estava sentada a ler um excerto dos Lusíadas. Lindo!
Anteontem vi-o outra vez e só me apetecia abraça-lo no final.
Não tive coragem. Fico a sentir-me uma formiguinha perante os meus deuses.