sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Little Children


No outro dia, num episódio dos Sete Palmos, o Olivier (prof. da Claire) dizia-lhes que a arte é uma coisa que se sente nas tripas, literalmente. Ou seja, tudo aquilo que nos provocar uma reacção fisiológica tipo náusea, cólica, urticária, arrepios, um orgasmo (who knows...), é porque é bom. Não sei será assim tão linear, mas neste caso "Little Children" é de todo verdade.
O filme é extremamente lírico e metafórico, sem ser lamechas, é sensitivo e à flor da pele, mas sempre enevoado, com uma nuvem negra a pairar.
Num cenário suburbano, onde as relações são superficiais e fúteis, onde é quase proibido transgredir e subverter, geram-se relações, perversões e frustações incontroláveis.
O filme ficou-me na barriga, assim como uma digestão mal feita. Ora, isso deve querer dizer que é bom ...
PS - Nota especial para o actor Patrick Wilson, senhor de uma peitaça quase ao nível de Daniel Craig.

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