quarta-feira, julho 25, 2007
sábado, julho 21, 2007
Think Positive
Fui assediada durante mais de 4 horas por um turista bêbedo que teimava em me agarrar!!!! Aiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!!!!!!!!!!!!
Hoje foi o primeiro dia....
Hoje foi o primeiro dia....
sexta-feira, julho 20, 2007
De regresso ao Douro...
Este vai ser o meu local de trabalho nos próximos meses!!
Deixo-vos um poema do mais belo transmontano que descreve, como só podia, o Douro que é dele:
Deixo-vos um poema do mais belo transmontano que descreve, como só podia, o Douro que é dele:
São Leonardo da Galafura
À proa dum navio de penedos,
A navegar num doce mar de mosto,
Capitão no seu posto
De comando,
S. Leonardo vai sulcando
As ondas
Da eternidade,
Sem pressa de chegar ao seu destino.
Ancorado e feliz no cais humano,
É num antecipado desengano
Que ruma em direcção ao cais divino.
Lá não terá socalcos
Nem vinhedos
Na menina dos olhos deslumbrados;
Doiros desaguados
Serão charcos de luz
Envelhecida;
Rasos, todos os montes
Deixarão prolongar os horizontes
Até onde se extinga a cor da vida.
Por isso, é devagar que se aproxima
Da bem-aventurança.
É lentamente que o rabelo avança
Debaixo dos seus pés de marinheiro.
E cada hora a mais que gasta no caminho
É um sorvo a mais de cheiro
A terra e a rosmaninho!
Miguel Torga
segunda-feira, julho 16, 2007
terça-feira, julho 10, 2007
Lady Chatterley
A natureza assiste e envolve a descoberta da intimidade, do corpo, do cheiro, do tacto ... e o regresso a um estado primário e edénico de um homem e de uma mulher.
O lento e tenso, muito tenso, caminho por entre corpos gradualmente mais nus, é absolutamente belo e comovente.
Saí de lá a suspirar muito, a desejar encontrar um Parkin num bosque perto, ou longe de mim, que me cubra o corpo de flores.
O lento e tenso, muito tenso, caminho por entre corpos gradualmente mais nus, é absolutamente belo e comovente.
Saí de lá a suspirar muito, a desejar encontrar um Parkin num bosque perto, ou longe de mim, que me cubra o corpo de flores.
domingo, julho 08, 2007
LINDA 1995 - 2007
A minha Linda parte hoje.
Não sei a que horas a vão adormecer, acho que nem quero saber.
Fui-me despedindo dela nos últimos dias, mas a dor teima em não me largar.
Posso dizer com sinceridade que este é um dos dias mais tristes da minha vida. E não consigo dizer mais nada.
Aqui vai a última foto dela tirada na sexta feira à noite quando os olhinhos dela já pediam para a deixarmos ir.
Fui-me despedindo dela nos últimos dias, mas a dor teima em não me largar.
Posso dizer com sinceridade que este é um dos dias mais tristes da minha vida. E não consigo dizer mais nada.
Aqui vai a última foto dela tirada na sexta feira à noite quando os olhinhos dela já pediam para a deixarmos ir.
sexta-feira, julho 06, 2007
quinta-feira, julho 05, 2007
terça-feira, julho 03, 2007
Hoje só me apetece dizer isto...diz tudo.
Ele vinte anos, e ela dezoito
e há cinco dias sem trocarem palavra
lembrando as zangas que um só beijo curava
e esta história começa no instante
em que o homem empurra a porta pesada
e entra no quarto onde a mulher está deitada
a dormir de um sono ligeiro
E no quarto, às cegas,
o escuro abraça-o
como que a um companheiro
que se conhece pelo tocar e pelo cheiro
e é o ruído que o chão faz que lhe traz o gosto ao quarto
depois de uma ruptura
faz-lhe sentir que entre os dois algo ainda dura dos dias em que um beijo bastava
E agora, da cama
vem uma voz que diz sussurrando: És tu?
e a luz acende-se sobre um braço nu
e a mulher pergunta: a que vens agora?
é que não sei se reparaste na hora
deixa dormir quem quer dormir,
vai-te embora amanhã tenho de ir trabalhar.
Não fales, que o bebé ainda acorda
não grites, que o vizinho ainda acorda
e não me olhes, que o amor ainda acorda
deixa-o dormir o nosso amor,
um bocadinho mais deixa-o dormir,
que viveu dias tão brutais
E o homem, de pé
Parece um rapazinho a ver se compreende
e grita e diz que ele também não se vende
que quer a paz mas de outra maneira
e nem que essa noite fosse a derradeira
veio afirmar quer ela queira ou não queira
que os dois ainda têm muito a aprender
Se temos...! Diz ela
mas o problema não é só de aprender
é saber a partir daí que fazer
e o homem diz: que queres que responda?
Não estamos no mesmo comprimento de onda...
Tu a mandares-me esse sorriso à Gioconda
e eu com ar de filme americano
Somos tão novos, diz o homem
e agora é a vez de a mulher se impacientar
essa frase já começa a tresandar
é que não é só uma questão de idade
o amor não é o bilhete de identidade
é eu ou tu, seja quem for, ter vontade de mudar e deixar mudar
Não fales, que o bebé ainda acorda
não grites, que o vizinho ainda acorda
e não me olhes, que o amor ainda acorda
deixa-o dormir o nosso amor, um bocadinho mais
deixa-o dormir, que viveu dias tão brutais
E assim se ouviu
pela noite fora os dois amantes falar
e o que não vi só tive de imaginar
é preciso explicar que sou o vizinho
e à noite vivo neste quarto sozinho
corpo cansado e cabeça em desalinho
e o prédio inteiro nos meus ouvidos
Veio a manhã e diziam
telefona ao teu patrão,
diz que hoje não vais
que viveste uns dias assim tão brutais
e que precisas de convalescença sei lá,
inventa qualquer coisa, uma doença
mete um atestado ou pede licença
sem prazo nem vencimento, se preciso for
Vá fala que o bebé está acordado
e vizinho deve estar já acordado
e o amor, pronto, também está acordado
mas tem cuidado, trata-o bem
muito bem, de mansinho
que ainda agora vai pisar outro caminho.
Segundo andar direito, ouvida repetidamente numa viagem Lisboa-Porto sem bilhete de volta.
e há cinco dias sem trocarem palavra
lembrando as zangas que um só beijo curava
e esta história começa no instante
em que o homem empurra a porta pesada
e entra no quarto onde a mulher está deitada
a dormir de um sono ligeiro
E no quarto, às cegas,
o escuro abraça-o
como que a um companheiro
que se conhece pelo tocar e pelo cheiro
e é o ruído que o chão faz que lhe traz o gosto ao quarto
depois de uma ruptura
faz-lhe sentir que entre os dois algo ainda dura dos dias em que um beijo bastava
E agora, da cama
vem uma voz que diz sussurrando: És tu?
e a luz acende-se sobre um braço nu
e a mulher pergunta: a que vens agora?
é que não sei se reparaste na hora
deixa dormir quem quer dormir,
vai-te embora amanhã tenho de ir trabalhar.
Não fales, que o bebé ainda acorda
não grites, que o vizinho ainda acorda
e não me olhes, que o amor ainda acorda
deixa-o dormir o nosso amor,
um bocadinho mais deixa-o dormir,
que viveu dias tão brutais
E o homem, de pé
Parece um rapazinho a ver se compreende
e grita e diz que ele também não se vende
que quer a paz mas de outra maneira
e nem que essa noite fosse a derradeira
veio afirmar quer ela queira ou não queira
que os dois ainda têm muito a aprender
Se temos...! Diz ela
mas o problema não é só de aprender
é saber a partir daí que fazer
e o homem diz: que queres que responda?
Não estamos no mesmo comprimento de onda...
Tu a mandares-me esse sorriso à Gioconda
e eu com ar de filme americano
Somos tão novos, diz o homem
e agora é a vez de a mulher se impacientar
essa frase já começa a tresandar
é que não é só uma questão de idade
o amor não é o bilhete de identidade
é eu ou tu, seja quem for, ter vontade de mudar e deixar mudar
Não fales, que o bebé ainda acorda
não grites, que o vizinho ainda acorda
e não me olhes, que o amor ainda acorda
deixa-o dormir o nosso amor, um bocadinho mais
deixa-o dormir, que viveu dias tão brutais
E assim se ouviu
pela noite fora os dois amantes falar
e o que não vi só tive de imaginar
é preciso explicar que sou o vizinho
e à noite vivo neste quarto sozinho
corpo cansado e cabeça em desalinho
e o prédio inteiro nos meus ouvidos
Veio a manhã e diziam
telefona ao teu patrão,
diz que hoje não vais
que viveste uns dias assim tão brutais
e que precisas de convalescença sei lá,
inventa qualquer coisa, uma doença
mete um atestado ou pede licença
sem prazo nem vencimento, se preciso for
Vá fala que o bebé está acordado
e vizinho deve estar já acordado
e o amor, pronto, também está acordado
mas tem cuidado, trata-o bem
muito bem, de mansinho
que ainda agora vai pisar outro caminho.
Segundo andar direito, ouvida repetidamente numa viagem Lisboa-Porto sem bilhete de volta.
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